De Alcante, Bollée e Rodier: A Bomba

A Pipoca & Nanquim lança em julho A Bomba, elogiada obra escrita pelo belga Didier Alcante e pelo francês Laurent-Frédéric Bollée, com arte do artista canadense Denis Rodier. O trabalho foi publicado originalmente na França em 2020 pela Glénat.

Em 6 de agosto de 1945, uma arma de destruição em massa sem precedentes devastou Hiroshima. Milhares de pessoas foram pulverizadas instantaneamente. E o mundo inteiro conheceu, horrorizado, a existência da bomba atômica e todas as atrozes consequências de sua utilização. Mas em que contexto, como e por quem esse instrumento de morte teria sido desenvolvido?

Esta verdadeira epopeia em quadrinhos apresenta os bastidores e os personagens principais deste acontecimento histórico que, em 2020, completou 75 anos. Das minas de urânio do Katanga, no Congo, ao Japão, passando pela Alemanha, Noruega, URSS, Novo México e, claro, os Estados Unidos, testemunhamos uma sucessão de fatos incríveis, porém reais, dos eventos que precederam os experimentos com o famigerado urânio 235, até o fatídico lançamento da bomba.

Narrada pela inusitada perspectiva da própria bomba, conhecemos todos os homens que foram envolvidos na hercúlea empreitada, de tomadores de decisões políticas, como os presidentes Roosevelt e Truman, a cientistas que participaram ativamente do processo, como Einstein, Oppenheimer e Fermi, passando por figuras decisivas que permaneceram desconhecidas por muito tempo, como o cientista Leonard Szilard, que moveu montanhas para que os EUA desenvolvessem a bomba antes dos nazistas e, depois, fez o impossível para que eles nunca a usassem, o trabalhador afro-americano Ebb Cade, que foi inoculado com plutônio sem o seu consentimento para que o efeito da substância no organismo humano fosse estudado, e o general Leslie Groves, que liderou com mão de ferro o Projeto Manhattan, sem esquecer, é claro, dos habitantes anônimos da cidade de Hiroshima.

Em A Bomba, obra que levou cinco anos para ser concluída, os autores não só produziram um documento histórico essencial, como também um dos melhores quadrinhos de guerra das últimas décadas, tornando-se uma das grandes HQs de referência sobre o tema. Capa dura com 456 páginas.

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