
Em 2018, a Darkside Books publicou O Corvo – Edição Definitiva, encadernado de luxo que reúne a clássica história de James O’Barr que deu origem ao filme de 1994 estrelado por Brandon Lee (1965-1993). Publicada inicialmente de forma autoral e depois lançada pela Caliber Press em 1989, o material passou também pelas editoras Tundra, Kitchen Sink, London Night, Image Comics, Pocket Books, Gallery Books e IDW Publishing, que republicaram tanto o material clássico e/ou criaram novos materiais do universo de O Corvo. A história original já havia sido publicada no país em 2003, em capa cartonada, pela Pandora Books. Duas histórias derivadas, lançadas lá fora pela Kitchen Sink, foram publicadas no Brasil entre 1998 e 1999, em duas minisséries pela Mythos.
E se a morte não fosse o fim para quem deseja vingança? A partir de uma tragédia pessoal, James O’Barr criou a história de Eric Draven, o protagonista de O Corvo (The Crow) que retorna para perseguir seus assassinos depois que estes interromperam uma vida de sonhos ao lado de sua amada Shelly. Sucesso desde quando começou a ser publicada de forma seriada e independente, em 1981, a jornada espiritual e a incapacidade de vencer o luto tocaram fundo os leitores, que se aproximaram de O’Barr, muitos de forma reverente.

Outra tragédia marcaria o personagem: na adaptação de O Corvo para o cinema, Brandon Lee (filho do lendário Bruce Lee), que interpretava o protagonista, foi morto acidentalmente durante as filmagens, por uma bala de verdade, que deveria ser de festim. Todos esses incidentes, aliados à arte em preto e branco, as citações musicais de ícones do pós-punk e o lirismo de James O’Barr, carregam a graphic novel com uma sombria melancolia, que cativou e tocou o coração dos leitores ao redor do planeta.
A versão definitiva deste clássico dos quadrinhos traz a força da arte e dos textos góticos de O’Barr, em edição mais que especial. Além de reunir a história completa criada pelo autor na época do lançamento, O Corvo – Edição Definitiva apresenta ainda trinta páginas de artes inéditas, e uma sequência que o quadrinista não se sentiu à vontade para produzir nos anos 1980, conforme O’Barr confessa na introdução inédita. Capa dura com 272 páginas.
