Terra Livre: Um Conto da Cruzada das Crianças

A Panini Comics acaba de lançar Terra Livre – Um Conto da Cruzada das Crianças, edição que reúne a minissérie publicada originalmente nos Estados Unidos entre 1993 e 1994 pelo selo Vertigo – hoje DC Black Label – da DC Comics. A edição também traz uma história extra publicada lá fora em 2015, ocasião da compilação da minissérie que serviu de base para esta versão brasileira.

Concebida como um crossover em sete partes, a história, iniciada e finalizada nas duas edições de The Children’s Crusade (partes 1 e 7, respectivamente), envolveu também anuais da Orquídea Negra (parte 2), do Homem-Animal (parte 3), do Monstro do Pântano (parte 4) e da Patrulha do Destino (parte 5), além do especial Arcana: The Books of Magic (parte 6), anual que faz uma ponte entre a minissérie Livros da Magia, de Neil Gaiman (de 1990 e 1991, em quatro edições), e a série periódica homônima, de John Ney Rieber e Peter Gross (de 1994 a 2000, em 75 números). Portanto, os anuais que complementavam a minissérie foram substituídos/readaptados pela história extra contida nesta edição.

Com roteiro de Neil Gaiman, Alisa Kwitney, Jamie Delano, Toby Litt e Rachel Pollack, a arte ficou por conta de Chris Bachalo, Peter Snejbjerg, Peter Gross, Al Davison e Mike Barreiro, com as cores de Daniel Vozzo e Jeanne McGee, unindo material de 1993/1994 com o produzido em 2015. A capa é de Mark Buckingham e D’Israeli, com introdução do próprio Gaiman. As capas da minissérie original são de John Totleben.

Os Garotos Detetives Mortos estão no caso! Quando várias crianças desaparecem em uma pequena cidade inglesa, uma série de reviravoltas estranhas e inesperadas os leva ao País Livre, um antigo lugar onde as crianças nunca envelhecem e estão livres do abuso e da tirania dos adultos.

Mas o País Livre está ameaçado e precisa da ajuda de cinco crianças especiais – incluindo o jovem feiticeiro Timothy Hunter – para evitar a destruição e voltar às glórias do passado!

Reúne The Children’s Crusade (1993) #1-2, além de material de Free Country: A Tale of the Children’s Crusade (2015). Capa dura com 208 páginas.

Algumas informações:

Com o lançamento de Terra Livre – Um Conto da Cruzada das Crianças e o anúncio da republicação da minissérie Livros da Magia, de Neil Gaiman (falaremos dela nos próximos dias), tudo leva a crer que a Panini pode estar pavimentando caminho para a publicação das 75 edições do título homônimo de John Ney Rieber e Peter Gross, pois somente as primeiras 25 histórias foram lançadas por aqui – as 50 restantes ainda são inéditas no Brasil, sem contar outros materiais relacionados ao título principal. Depois dessa fase, também há mais material inédito, como as séries The Names of Magic, Hunter: The Age of Magic e Books of Magick: Life During Wartime.

Nos EUA, a DC Comics coletou todo esse material em três volumes omnibus, lançados por lá entre 2020 e 2022, totalizando mais de 4 mil páginas de quadrinhos. Em terras tupiniquins, caso realmente se torne fato, o material deverá ser publicado de outra maneira, pois alguns ciclos já foram programados à parte, como a própria minissérie original, o crossover com Hellblazer (já republicado em Hellblazer Especial), a anunciada republicação de A Brigada dos Encapotados, além do próprio crossover anunciado nesta nota. Quem sabe, não teremos em breve Livros da Magia – Edição de Luxo, como tem feito com Hellblazer, Fábulas, Lúcifer, 100 Balas, Starman etc? Ou até mesmo em versão omnibus, mesmo com parte do material já publicado e/ou anunciado, já que hoje em dia, as séries e/ou coleções visam várias faixas de público e/ou colecionadores?

Apesar de talvez ter menor potencial de vendas que as séries citadas que já saem ou saíram em formato de luxo ou em edições omnibus, será que, apesar de ter sido criado quase uma década antes, Tim Hunter não poderia se alimentar da controvérsia daquele outro personagem, que dizem que não é cópia e que não tem nada a ver com o personagem da DC, mas que vendeu milhões de cópias de uma série de livros e ganhou alguns bilhões em uma série de filmes para o cinema (e que dizem, podem ganhar um reboot em breve)? Resta-nos esperar pra ver.