
A Conrad lança em outubro A Guerra dos Gibis – A formação do mercado editorial brasileiro e a censura aos quadrinhos, 1933 a 1964, a consagrada saga escrita pelo pesquisador e jornalista Gonçalo Junior. Agora em edição revista e ampliada, a obra havia sido lançada pela primeira vez em 2004 pela Companhia das Letras.
A DEVASTADORA REPORTAGEM HISTÓRICA SOBRE A PARANOIA DAS CAMPANHAS PARA PROIBIR A LEITURA DE QUADRINHOS NO BRASIL ENTRE AS DÉCADAS DE 1930 E 1960.
Adolfo Aizen e Roberto Marinho, principais personagens desta história, são os maiores responsáveis pela chegada ao Brasil de uma novidade americana que a partir dos anos de 1930 se tornou uma febre entre crianças e adolescentes e mobilizou presidentes da República, juristas, parlamentares, intelectuais, educadores, escritores, magnatas e artistas: as histórias em quadrinhos.

Embora fizessem a festa da garotada e de editores como Aizen e Marinho, os gibis causavam arrepios nos guardiões da moral, polemistas de plantão, tubarões da imprensa e raposas da política, que, em coro, pediam censura urgente às revistinhas – “se não quisermos fazer das próximas gerações brasileiras sucessivas fornadas de cretinos”, na sentença de Carlos Lacerda. Outros viam potenciais educativos nos gibis: Gilberto Freyre queria uma versão da Constituição de 1946 em quadrinhos para difundir os direitos dos cidadãos brasileiros.
Grandes figuras da vida nacional, entre 1933 e 1964, se engajaram na heroica Guerra dos Gibis. Do Suplemento Infantil de Adolfo Aizen aos “catecismos” de Carlos Zéfiro, Gonçalo Junior narra uma aventura repleta de absurdos, intolerância, preconceito e ferocidade, feita de heróis e vilões de papel e de carne e osso. Capa cartonada com 544 páginas.
